Escrever, agora no sentido de instante sem me preocupar do que será em alguns segundos.É me libertar de algumas palavras que pesam e influem tanto no meu agir.Sei também que estas palavras quando juntas em uma frase chegam a se tornar uma gangue dispostas a me julgar.
Ouço todas elas gritarem, discutirem, armarem um plano de ação.
Expectativa, essa que a cada segundo se agarra a qualquer palavra e ganha uma proporção gigantesca dentro de mim. Ainda que a realidade apareça por ali, a expectativa insiste em se estabelecer.Chego acreditar que ela é uma forma de Deuses dos Deuses das palavras.
Desistência, essa sempre sem credibilidade.Quando a fala incorpora ela, acredita -se até que possa se tornar real, mais até aqui a expectativa a domina e ocupa seu lugar.
Ah essa tal expectativa...ela é tão viva dentro de mim, que consegue me proporcionar um friozinho na barriga tentando me convencer a não sei o quê?!
Mas há uma só palavra que consegue destruí-la, a ação. Essa tem tanto poder de derrota-la que consegue sem até mesmo aparecer, acontecer.
E quando tudo se acalma ela volta aparecer, mas nunca tão forte quanto a ação.Pois a expectativa ela sempre está sozinha ao contrário da ação que sempre vem acompanhada, mesmo sem acontecer...
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